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112 corações à caça de um sonho: curar a SIDA

112 corações à caça de um sonho: curar a SIDA

  • Julho 30, 2019

Ao longo do século XXI, vai-se impondo uma ideia: o bem-estar da pessoa é o eixo central para encontrar o equilíbrio enquanto indivíduo. Estamos rodeados de tecnologias, infraestruturas inteligentes, enormes quantidades de informação… Mas, em última instância, quem dá vida a todo este mundo de aplicações e ferramentas são as pessoas.

É por isso que muitos esforços se dedicam a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Uma das grandes batalhas que se está a travar no mundo da saúde e da biomedicina está no campo do VIH/SIDA.

Já passaram mais de 35 anos desde que foi diagnosticado o primeiro caso de SIDA em Espanha. Para trás ficou a etapa fatídica em que um diagnóstico de VIH/SIDA estava associado a uma morte quase garantida. Graças aos novos tratamentos, conseguiu-se “cronificar” a infeção. Hoje em dia, as pessoas com VIH em tratamento têm uma esperança e uma qualidade de vida muito semelhantes às do resto da população. Neste contexto, o grande passo seguinte para os investigadores é conseguir erradicar completamente o vírus do organismo para que as pessoas infetadas possam viver sem medicação, preservando o seu sistema imunitário e evitando que possam transmitir a infeção a outras pessoas. Este é o caminho para a cura da SIDA. Desta maneira, acabar-se-ia com uma epidemia que atualmente afeta, a nível mundial, 36,7 milhões de pessoas, com mais de 2 milhões de novas infeções por ano. Em Espanha, a cifra ronda os 3.600 novos diagnósticos anualmente (cerca de 10 novos casos por dia).

Por detrás deste ambicioso projeto médico está a paixão e a iniciativa de 112 profissionais (médicos, enfermeiros, investigadores e técnicos, psicólogos, dietistas, pessoal administrativo, assistentes sociais, estadistas) encabeçados pelo Dr. Bonaventura Clotet. O doutor Clotet é o máximo responsável pela Unidade de VIH do Hospital Universitário Germans Trias i Pujol (Barcelona) desde 1987. Também é presidente da Fundação Luta contra a Sida, situada no mesmo hospital, desde 1992.

A equipa da Fundação disponibiliza atendimento integral multidisciplinar a pessoas com VIH para melhorar a sua qualidade de vida e, além disso, dedica-se plenamente à investigação clínica. Trabalha-se em colaboração com a equipa de investigação básica do Instituto de Investigação de Sida IrsiCaixa, facto que os converte num binómio de referência a nível internacional.

Atualmente, os estudos centrados na erradicação do VIH centram-se principalmente em três estratégias: encontrar uma vacina terapêutica eficaz, modificar o microbioma intestinal (que estimularia o sistema imunitário e o tornaria mais eficiente) e gerar anticorpos neutralizantes (que ajudarão a controlar e a reduzir o vírus). Trata-se de estudos complexos e onerosos que se complementam com investigações centradas em evitar as complicações derivadas do VIH (problemas cardiovasculares, cancro, envelhecimento acelerado…).

Comprometida em acabar com a SIDA a nível mundial, a Fundação pertence ao grupo da OMS que estuda como otimizar o tratamento em países em vias de desenvolvimento.

Todo este projeto pioneiro para melhorar a qualidade de vida dos afetados pelo VIH/SIDA faz com que 112 corações batam juntos para conseguir um sonho: curar a SIDA.

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